Decreto-Lei n.º 234/2000
de 25 de Setembro
(Revogado pelo art.º 18.º
do DL n.º 116-A/2006, de 16/6)
O Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2
de Agosto, que aprova o regime jurídico dos documentos electrónicos
e da assinatura digital, determina, no seu artigo 40.º, a designação
de uma autoridade credenciadora competente para a credenciação
e fiscalização das entidades certificadoras, nos termos e para
os efeitos daquele diploma.
A Lei Orgânica do Ministério da Justiça veio atribuir ao
Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça (ITIJ)
essas funções. Atendendo a natureza destas, importa que o referido
Instituto seja assistido no seu exercício por um conselho técnico
que, com a sua actuação, contribua para um correcto e eficaz desempenho
pelo ITIJ das competências em causa.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição,
o Governo decreta, para valer como lei geral da República, o seguinte:
Artigo 1.º
A autoridade credenciadora competente para a credenciação e fiscalização das entidades certificadoras, bem como para o exercício das competências que lhe são atribuídas nos termos do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto, é o Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça.
Artigo 2.º
O Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça é assistido no exercício das competências que lhe cabem por força do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto, pelo Conselho Técnico de Credenciação.
Artigo 3.º
1 - O Conselho Técnico de Credenciação
é um órgão consultivo, competindo-lhe pronunciar-se sobre
todas as questões que a autoridade credenciadora lhe submeta, sendo obrigatoriamente
sujeito ao seu parecer a apreciação técnica e a decisão
dos pedidos de credenciação de entidades certificadoras regulado
no Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto.
2 - O Conselho Técnico de Credenciação poderá ainda
dirigir, por sua iniciativa, à autoridade credenciadora, pareceres ou
recomendações.
Artigo 4.º
O Conselho Técnico de Credenciação é constituído por:
a) Uma personalidade designada pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia, que preside;
b) Uma personalidade designada pelo Ministro da Justiça;
c) Um representante do Instituto das Comunicações de Portugal;
d) Duas personalidades de reconhecido mérito na área de actuação do Conselho, cooptadas pelos restantes membros.
Artigo 5.º
1 - O Conselho Técnico de Credenciação
reúne ordinariamente de dois em dois meses e, extraordinariamente, sempre
que, por iniciativa do seu presidente ou por solicitação da autoridade
credenciadora, tal seja considerado necessário.
2 - Cada reunião do Conselho confere aos membros participantes que não
sejam funcionários ou agentes o direito ao abono de senhas de presença
cujo montante será definido por despacho conjunto dos Ministros das Finanças,
da Justiça e da Ciência e da Tecnologia.
Artigo 6.º
O Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça assegurará o apoio logístico e administrativo ao Conselho, suportando igualmente os encargos inerentes ao seu funcionamento.
Artigo 7.º
O Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça poderá, no quadro do exercício das funções a que se refere o presente diploma, solicitar a outras entidades públicas ou privadas toda a colaboração que julgar necessária.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 27 de Julho de
2000. - Jaime José Matos da Gama - Luís Manuel Ferreira Parreirão
Gonçalves - Diogo Campos Barradas de Lacerda Machado - José Mariano
Rebelo Pires Gago.
Promulgado em 7 de Setembro de 2000.
Publique-se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendado em 14 de Setembro de 2000.
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.