Presidência
do Conselho de Ministros
Decreto-Lei n.º 201/2006 de 27 de Outubro
O Programa de Governo consagra
a modernização da Administração Pública como um dos instrumentos essenciais
da estratégia de desenvolvimento do País. Com esse objectivo, no domínio da
reorganização estrutural da Administração, o Governo aprovou, através da Resolução
do Conselho de Ministros n.º 124/2005, de 4 de Agosto, o Programa de Reestruturação
da Administração Central do Estado, abreviadamente designado por PRACE, tendo
como objectivo a promoção da cidadania, do desenvolvimento económico e da qualidade
dos serviços públicos, com ganhos de eficiência pela simplificação, racionalização
e automatização, que permitam a diminuição do número de serviços e dos recursos
a eles afectos.
Na sequência da aprovação do PRACE, a Resolução do
Conselho de Ministros n.º 39/2006, de 30 de Março, veio definir as orientações,
gerais e especiais, para a reestruturação dos ministérios.
Neste contexto, face à aprovação pelo Governo de novas leis orgânicas de todos
os Ministérios, com ressalva do Ministério da Defesa Nacional, cuja reestruturação
será concluída aquando da revisão da Lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas
e dos diplomas orgânicos relativos às Forças Armadas, torna-se necessário actualizar
a Lei Orgânica do Governo,
de forma a que esta passe a reflectir a nova estrutura da Administração Central
do Estado
Assim:
Nos termos do n.º 2 do artigo 198.º
da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo
1.º
Alteração à Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional
Os artigos 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 19.º, 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º e 27.º da Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 79/2005, de 15 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 11/2006, de 19 de Janeiro, pelo Decreto-Lei n.º 16/2006, de 26 de Janeiro, e pelo Decreto-Lei n.º 135/2006, de 26 de Julho, passam a ter a seguinte redacção:
1 - [...].
2 - [...].
3 - Os Ministros podem delegar nos Secretários e Subsecretários de Estado que
os coadjuvam, com faculdade de subdelegação, a competência relativa aos serviços,
organismos e actividades deles dependentes.
Cada Ministro é substituído na sua ausência ou impedimento pelo Secretário de Estado que indicar ao Primeiro-Ministro ou, na falta de tal indicação, pelo membro do Governo que o Primeiro-Ministro designar.
1 - Os Secretários de Estado
e o Subsecretário de Estado não dispõem de competência própria, excepto no que
se refere aos respectivos gabinetes, e exercem, em cada caso, a competência
que neles seja delegada pelo Primeiro-Ministro ou pelo Ministro respectivo.
2 - [...].
3 - [...].
1 - A Presidência do Conselho
de Ministros é o departamento central do Governo que tem por missão prestar
apoio ao Conselho de Ministros, ao Primeiro-Ministro e aos demais membros do
Governo aí integrados organicamente e promover a coordenação interministerial
dos diversos departamentos governamentais
2 - [Anterior n.º 1].
3 - [Anterior n.º 2].
4 - A Presidência do Conselho de Ministros compreende os serviços, organismos
e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 202/2006,
de 27 de Outubro.
5 - Os serviços, organismos e estruturas integrados na Presidência do Conselho
de Ministros dependem do Primeiro-Ministro, salvo disposição legal em contrário
e sem prejuízo do disposto nos números seguintes, podendo a respectiva competência
ser delegada no Ministro da Presidência ou nos demais membros do Governo integrados
na Presidência do Conselho de Ministros.
6 - A Presidência do Conselho de Ministros assegura o apoio aos serviços dependentes
do Primeiro-Ministro, nos termos do respectivo diploma orgânico.
7 - O Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico exerce
as suas competências na directa dependência do Primeiro-Ministro.
8 - O Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico é
nomeado pelo Primeiro-Ministro e tem o estatuto e gabinete equivalentes aos
de Subsecretário de Estado, sendo a sua remuneração definida por despacho conjunto
do Primeiro-Ministro e do Ministro de Estado e das Finanças.
9 - É criada na Presidência do Conselho de Ministros a Unidade de Coordenação
da Modernização Administrativa, dirigida por um Coordenador com o estatuto e
gabinete equivalentes aos de Subsecretário de Estado, nomeado por Resolução
do Conselho de Ministros, cuja remuneração é definida por Despacho conjunto
do Ministro de Estado e da Administração Interna e do Ministro de Estado e das
Finanças.
10 - Ficam na dependência do Ministro de Estado e da Administração Interna:
a) A Unidade de Coordenação da Modernização Administrativa;
b) A Agência para a Modernização Administrativa;
c) A Inspecção-Geral da Administração Local;
d) A Direcção-Geral das Autarquias Locais.
11 - [Anterior n.º 9].
12 - [Anterior n.º 10].
13 - Fica na dependência do Ministro dos Assuntos Parlamentares o Gabinete para
os Meios de Comunicação Social.
14 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e
ao membro do Governo responsável pela área das Finanças, ficam na dependência
do Ministro dos Assuntos Parlamentares as entidades do sector empresarial do
Estado no domínio da comunicação social.
15 - A Presidência do Conselho de Ministros compreende ainda todos os serviços,
organismos e estruturas que não tenham sido expressamente incorporados noutros
ministérios.
1 - O Ministério da Administração
Interna é o departamento governamental que tem por missão a formulação, coordenação,
execução e avaliação das políticas de segurança interna, de administração eleitoral,
de protecção e socorro e de segurança rodoviária, bem como assegurar a representação
desconcentrada do Governo no território nacional.
2 - O Ministério da Administração Interna compreende os serviços identificados
no Decreto-Lei n.º 203/2006, de 27 de Outubro.
1 - O Ministério dos Negócios
Estrangeiros é o departamento governamental que tem por missão formular, coordenar
e executar a política externa de Portugal.
2 - O Ministério dos Negócios Estrangeiros compreende os serviços, organismos
e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 204/2006,
de 27 de Outubro.
1 - O Ministério das Finanças
e da Administração Pública é o departamento governamental que tem por missão
definir e conduzir a política financeira do Estado e as políticas da Administração
Pública, promovendo a gestão racional dos recursos públicos, o aumento da eficiência
e equidade na sua obtenção e gestão, e a melhoria dos sistemas e processos da
sua organização e gestão. 2 - O Ministério das Finanças e da Administração Púbica
compreende os serviços, organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei
n.º 205/2006, de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e quando
estiverem em causa empresas participadas, a competência relativa à definição
das orientações da PARPÚBLICA - Participações Públicas (S. G. P. S.), S. A.,
bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo Ministro de Estado
e das Finanças em articulação com o Ministro da Economia e da Inovação e com
o Ministro competente em razão da matéria.
4 - [Anterior n.º 5].
5 - [Anterior n.º 6].
6 - A competência relativa à elaboração da proposta técnica do Programa de Investimento
e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), bem como ao
acompanhamento e avaliação da sua execução, é exercida pelo Ministro de Estado
e das Finanças em articulação com os demais membros do Governo, em especial
com o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional na área do investimento co-financiado.
7 - [Revogado].
1 - O Ministério da Defesa
Nacional é o departamento governamental que tem por missão a preparação e execução
da política de defesa nacional no âmbito das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas, bem como assegurar e fiscalizar
a administração das Forças Armadas e dos demais serviços e organismos nele integrados.
2 - O Ministério da Defesa Nacional compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 47/93, de 26 de Fevereiro.
3 - [Anterior n.º 2].
4 - [Anterior n.º 3].
5 - [Anterior n.º 4].
6 - [Anterior n.º 5].
1 - O Ministério da Justiça
é o departamento governamental que tem por missão a concepção, condução, execução
e avaliação da política de justiça definida pela Assembleia da República e pelo
Governo.
2 - O Ministério da Justiça compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 206/2006, de 27 de
Outubro.
1 - O Ministério do Ambiente,
do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional é o departamento
governamental que tem por missão definir, executar e coordenar as políticas
de ambiente, de ordenamento do território e cidades e de desenvolvimento regional,
bem como coordenar globalmente a política de coesão em Portugal, numa perspectiva
de desenvolvimento sustentável e de coesão territorial.
2 - O Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional compreende os serviços, organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei
n.º 207/2006, de 27 de Outubro.
3 - A competência relativa à preparação, acompanhamento e avaliação da execução
dos investimentos financiados por fundos comunitários, no âmbito da política
de coesão da União Europeia, é exercida pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional em articulação com o Ministro de
Estado e das Finanças, assim como com os demais ministros relevantes em razão
das respectivas estruturas de gestão.
4 - A competência relativa à definição das orientações e ao controlo global
da gestão dos fundos comunitários, no âmbito da política de coesão da União
Europeia, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo Ministro
do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional em articulação
com o Ministro de Estado e das Finanças, assim como com os demais ministros
relevantes em razão das respectivas estruturas de gestão.
5 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, a competência para a definição das orientações
relativas às entidades do sector empresarial do Estado com atribuições nos domínios
da água e dos resíduos, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida
pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional em articulação com o Ministro da Economia e da Inovação.
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].
1 - O Ministério da Economia
e da Inovação é o departamento governamental que tem por missão conceber, executar
e avaliar as políticas dirigidas às actividades económicas, assim como as políticas
horizontais dirigidas à inovação visando a competitividade e internacionalização
das empresas, as políticas dirigidas à defesa dos direitos dos consumidores
e as políticas de regulação dos mercados.
2 - O Ministério da Economia e da Inovação compreende os serviços, organismos
e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 208/2006,
de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, a competência relativa à definição das orientações
da AICEP, E. P. E., bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo
Ministro da Economia e da Inovação em articulação com o Ministro de Estado e
dos Negócios Estrangeiros.
4 - [Anterior n.º 10].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].
9 - [Revogado].
10 - [Revogado].
1 - O Ministério da Agricultura,
do Desenvolvimento Rural e das Pescas é o departamento governamental que tem
por missão definir as políticas agrícola, agro-alimentar, silvícola, de desenvolvimento
rural e das pescas, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, da protecção,
qualidade e segurança da produção agro-alimentar, e assegurar o planeamento
e coordenação da aplicação dos fundos nacionais e comunitários a favor da agricultura,
das florestas, do desenvolvimento rural e das pescas.
2 - O Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas compreende
os serviços e organismos identificados no Decreto-Lei
n.º 209/2006, de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, fica na dependência do Ministro da Agricultura,
do Desenvolvimento Rural e das Pescas a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e
Infra-Estruturas do Alqueva, S. A., sendo a competência relativa à definição
das orientações nos domínios do ambiente, dos recursos hídricos, do ordenamento
do território e do desenvolvimento regional, bem como ao acompanhamento da sua
execução, exercida pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e
das Pescas em articulação com o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território
e do Desenvolvimento Regional.
4 - [Revogado].
1 - O Ministério das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações é o departamento governamental que tem
por missão definir, coordenar e executar a política nacional nos domínios da
construção e obras públicas, dos transportes aéreos, marítimos, fluviais e terrestres,
e das comunicações.
2 - O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações compreende os
serviços, organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei
n.º 210/2006, de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, a competência relativa à definição das orientações
das entidades do sector empresarial do Estado com atribuições no domínio da
administração dos portos, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida
pelo Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações em articulação
com o Ministro da Defesa Nacional e, quanto à gestão territorial, com o Ministro
do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].
1 - O Ministério do Trabalho
e da Solidariedade Social é o departamento governamental que tem por missão
a definição, condução e execução das políticas de emprego, de formação profissional,
de relações laborais e condições de trabalho e de segurança social, bem como
a coordenação das políticas de família, de integração das pessoas com deficiência,
de combate à pobreza e de promoção da inclusão social.
2 - O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social compreende os serviços,
organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei
n.º 211/2006, de 27 de Outubro.
3 - [Revogado].
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
1 - O Ministério da Saúde
é o departamento governamental que tem por missão definir a política nacional
de saúde, exercer as correspondentes funções normativas e promover a respectiva
execução e avaliar os resultados.
2 - O Ministério da Saúde compreende os serviços e organismos identificados
no Decreto-Lei n.º 212/2006, de 27 de Outubro.
1 - O Ministério da Educação
é o departamento governamental que tem por missão definir, coordenar, executar
e avaliar a política nacional relativa ao sistema educativo, no âmbito da educação
pré-escolar, dos ensinos básico e secundário e da educação extra-escolar, bem
como articular, no âmbito das políticas nacionais de promoção da qualificação
da população, a política nacional de educação e a política nacional de formação
profissional.
2 - O Ministério da Educação compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 213/2006, de 27 de
Outubro.
1 - O Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior é o departamento governamental que tem por missão
definir, executar e avaliar a política nacional para a ciência, a tecnologia
e o ensino superior, bem como para a sociedade da informação.
2 - O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior compreende os serviços,
organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei
n.º 214/2006, de 27 de Outubro.
3 - A competência relativa à definição das orientações estratégicas da Escola
Náutica Infante D. Henrique, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida
pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em articulação com o
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
4 - [Revogado].
1 - O Ministério da Cultura
é o departamento governamental que tem por missão a definição e execução de
uma política global e coordenada na área da cultura e domínios com ela relacionados,
designadamente, na salvaguarda e valorização do património cultural, no incentivo
à criação artística e à difusão cultural, na qualificação do tecido cultural
e na internacionalização da cultura portuguesa.
2 - O Ministério da Cultura compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 215/2006, de 27 de
Outubro.
O Governo deve aprovar e manter actualizado, em termos a definir por resolução do Conselho de Ministros, o elenco actualizado das empresas públicas que integram o sector empresarial do Estado, indicando, designadamente, os membros do Governo responsáveis pelo exercício dos respectivos poderes de tutela e superintendência, ou relativos ao exercício da função accionista, bem como as situações de articulação estratégica.
Todos os actos do Governo que envolvam aumento de despesas ou diminuição de receitas são obrigatoriamente aprovados pelo Ministro de Estado e das Finanças.»
Artigo
2.º
Norma revogatória
São revogados o n.º 7 do artigo 13.º, os n.os 6 a 8 do artigo 16.º, os n.os 5 a 10 do artigo 17.º, o n.º 4 do artigo 18.º, os n.os 4 a 8 do artigo 19.º, os n.os 3 a 7 do artigo 20.º, o n.º 4 do artigo 23.º e o artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 79/2005, de 15 de Abril, na redacção que lhes foi dada pelo Decreto-Lei n.º 11/2006, de 19 de Janeiro, pelo Decreto-Lei n.º 16/2006, de 26 de Janeiro, e pelo Decreto-Lei n.º 135/2006, de 26 de Julho.
É republicado em anexo ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 79/2005, de 15 de Abril, com a redacção actual.
Artigo
4.º
Produção de efeitos
Até à entrada em vigor dos diplomas que concretizem as criações e fusões de serviços e organismos previstas nos diplomas orgânicos de cada ministério, mantém-se transitoriamente, com as necessárias adaptações, a estrutura orgânica governamental prevista na redacção anterior da Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional.
Artigo
5.º
Transição de regimes
1 - São revogadas as normas
dos decretos-leis que aprovam a estrutura orgânica dos serviços, órgãos consultivos
e demais estruturas da administração directa do Estado.
2 - A revogação prevista no número anterior produz efeitos na data de entrada
em vigor dos decretos regulamentares que aprovam as orgânicas dos serviços,
órgãos consultivos e demais estruturas da administração directa que lhes sucedem,
nos termos do n.º 4 do artigo 7.º
e do n.º 1 do artigo 24.º da Lei n.º
4/2004, de 15 de Janeiro.
3 - O disposto no número anterior não prejudica o recurso à forma de decreto-lei
nos casos em que tal seja exigível.
4 - Os diplomas que aprovam a estrutura orgânica dos institutos públicos revestem
a forma prevista na Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Setembro de 2006. - José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - António Luís Santos Costa - Luís Filipe Marques Amado - Fernando Teixeira dos Santos - Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira - Henrique Nuno Pires Severiano Teixeira - Alberto Bernardes Costa - Francisco Carlos da Graça Nunes Correia - Manuel António Gomes de Almeida de Pinho - Jaime de Jesus Lopes Silva - Mário Lino Soares Correia - José António Fonseca Vieira da Silva - António Fernando Correia de Campos - Maria de Lurdes Reis Rodrigues - José Mariano Rebelo Pires Gago - Maria Isabel da Silva Pires de Lima - Augusto Ernesto Santos Silva. Promulgado em 19 de Outubro de 2006. Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 23 de Outubro de 2006. O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
ANEXO
LEI ORGÂNICA DO XVII GOVERNO CONSTITUCIONAL
CAPÍTULO
I
Estrutura do Governo
Artigo 1.º
Composição
O Governo é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros, pelos Secretários de Estado e por um Subsecretário de Estado.
Artigo 2.º
Ministros
Integram o Governo os seguintes Ministros:
a) Ministro de Estado e da Administração Interna;
b) Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros;
c) Ministro de Estado e das Finanças;
d) Ministro da Presidência;
e) Ministro da Defesa Nacional;
f) Ministro da Justiça;
g) Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional;
h) Ministro da Economia e da Inovação;
i) Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas;
j) Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações;
l) Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social;
m) Ministro da Saúde;
n) Ministro da Educação;
o) Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior;
p) Ministro da Cultura;
q) Ministro dos Assuntos Parlamentares.
Artigo 3.º
Secretários de Estado e Subsecretário de Estado
1 - O Primeiro-Ministro
é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário de Estado da Presidência
do Conselho de Ministros e pelo Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro.
2 - O Ministro de Estado e da Administração Interna, na qualidade de Ministro
de Estado, é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário de Estado
Adjunto e da Administração Local e, na qualidade de Ministro da Administração
Interna, pelo Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, pelo
Secretário de Estado da Administração Interna e pelo Subsecretário de Estado
da Administração Interna.
3 - O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros é coadjuvado no exercício
das suas funções pelo Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus,
pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e pelo Secretário
de Estado das Comunidades Portuguesas.
4 - O Ministro de Estado e das Finanças é coadjuvado no exercício das suas funções
pelo Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, pelo Secretário de Estado
do Tesouro e Finanças, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e pelo
Secretário de Estado da Administração Pública.
5 - O Ministro da Presidência é coadjuvado:
a) Pelo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, no exercício das suas competências próprias e das que lhe forem delegadas pelo Conselho de Ministros ou pelo Primeiro-Ministro, sem prejuízo do disposto no n.º 1;
b) Pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
6 - O Ministro da Defesa
Nacional é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário de Estado
da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar.
7 - O Ministro da Justiça é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário
de Estado Adjunto e da Justiça e pelo Secretário de Estado da Justiça.
8 - O Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário de Estado
do Ambiente, pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades
e pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional.
9 - O Ministro da Economia e da Inovação é coadjuvado no exercício das suas
funções pelo Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e da Inovação, pelo
Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor e pelo Secretário
de Estado do Turismo.
10 - O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas é coadjuvado
no exercício das suas funções pelo Secretário de Estado Adjunto da Agricultura
e das Pescas e pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas.
11 - O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações é coadjuvado
no exercício das suas funções pelo Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas
e das Comunicações e pelo Secretário de Estado dos Transportes.
12 - O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social é coadjuvado no exercício
das suas funções pelo Secretário de Estado da Segurança Social, pelo Secretário
de Estado do Emprego e Formação Profissional e pelo Secretário de Estado Adjunto
e da Reabilitação.
13 - O Ministro da Saúde é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário
de Estado da Saúde e pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
14 - O Ministro da Educação é coadjuvado no exercício das suas funções pelo
Secretário de Estado Adjunto e da Educação e pelo Secretário de Estado da Educação.
15 - O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é coadjuvado no exercício
das suas funções pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
16 - O Ministro da Cultura é coadjuvado no exercício das suas funções pelo Secretário
de Estado da Cultura.
Artigo 4.º
Composição do Conselho de Ministros
1 - O Conselho de Ministros
é constituído pelo Primeiro-Ministro e pelos Ministros.
2 - Salvo determinação em contrário do Primeiro-Ministro, participam nas reuniões
do Conselho de Ministros, sem direito de voto, o Secretário de Estado da Presidência
do Conselho de Ministros e o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro.
3 - Podem também participar nas reuniões do Conselho de Ministros, sem direito
de voto, os Secretários de Estado que venham, em cada caso, a ser convocados
por indicação do Primeiro-Ministro.
CAPÍTULO
II
Competência dos membros do Governo
Artigo 5.º
Competência do Primeiro-Ministro
1 - O Primeiro-Ministro
possui competência própria e competência delegada, nos termos da lei.
2 - O Primeiro-Ministro exerce, ainda, os poderes relativos aos serviços, organismos
e actividades compreendidos na Presidência do Conselho de Ministros que não
resultem atribuídos aos demais Ministros que a integram.
3 - O Primeiro-Ministro pode delegar em qualquer membro do Governo, com faculdade
de subdelegação, a competência relativa aos serviços, organismos e actividades
dele dependentes, nos termos da lei, bem como a que legalmente lhe seja conferida
no domínio dos assuntos correntes da Administração Pública.
4 - A competência atribuída por lei ao Conselho de Ministros, no âmbito dos
assuntos correntes da Administração Pública, considera-se delegada no Primeiro-Ministro,
com faculdade de subdelegação em qualquer membro do Governo.
Artigo 6.º
Substituição do Primeiro-Ministro
O Primeiro-Ministro, salvo sua indicação em contrário, será substituído na sua ausência ou impedimento pelo Ministro de Estado e da Administração Interna ou por Ministro que não esteja ausente ou impedido, de acordo com a ordem estabelecida no artigo 2.º, sendo a substituição comunicada ao Presidente da República, nos termos do n.º 1 do artigo 185.º da Constituição.
Artigo 7.º
Competência dos Ministros
1 - Os Ministros possuem
a competência própria que a lei lhes atribui e a competência que, nos termos
da lei, lhes seja delegada pelo Conselho de Ministros ou pelo Primeiro-Ministro.
2 - O Ministro da Presidência exerce, ainda, as competências conferidas pelo
Regimento do Conselho de Ministros.
3 - Os Ministros podem delegar nos Secretários e Subsecretários de Estado que
os coadjuvam, com faculdade de subdelegação, a competência relativa aos serviços,
organismos e actividades deles dependentes.
Artigo 8.º
Substituição dos Ministros
Cada Ministro é substituído na sua ausência ou impedimento pelo Secretário de Estado que indicar ao Primeiro-Ministro ou, na falta de tal indicação, pelo membro do Governo que o Primeiro-Ministro designar.
Artigo 9.º
Competência dos Secretários de Estado e do Subsecretário de Estado
1 - Os Secretários de Estado
e o Subsecretário de Estado não dispõem de competência própria, excepto no que
se refere aos respectivos gabinetes, e exercem, em cada caso, a competência
que neles seja delegada pelo Primeiro-Ministro ou pelo Ministro respectivo.
2 - O Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros exerce, ainda,
as competências conferidas pelo Regimento do Conselho de Ministros.
3 - As competências e os poderes delegados pelo Primeiro-Ministro nos Ministros
de Estado e da Presidência podem ser integralmente subdelegados nos Secretários
de Estado compreendidos na Presidência do Conselho de Ministros, independentemente
de norma geral ou especial.
CAPÍTULO
III
Orgânica do Governo
Artigo 10.º
Presidência do Conselho de Ministros
1 - A Presidência do Conselho
de Ministros é o departamento central do Governo que tem por missão prestar
apoio ao Conselho de Ministros, ao Primeiro-Ministro e aos demais membros do
Governo aí integrados organicamente e promover a coordenação interministerial
dos diversos departamentos governamentais.
2 - A Presidência do Conselho de Ministros compreende os seguintes Ministros:
a) Ministros de Estado;
b) Ministro da Presidência;
c) Ministro dos Assuntos Parlamentares.
3 - A Presidência do Conselho de Ministros compreende os seguintes Secretários de Estado:
a) Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros;
b) Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro;
c) Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local;
d) Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
4 - A Presidência do Conselho
de Ministros compreende os serviços, organismos e estruturas identificados no
Decreto-Lei n.º 202/2006, de 27 de Outubro.
5 - Os serviços, organismos e estruturas integrados na Presidência do Conselho
de Ministros dependem do Primeiro-Ministro, salvo disposição legal em contrário
e sem prejuízo do disposto nos números seguintes, podendo a respectiva competência
ser delegada no Ministro da Presidência ou nos demais membros do Governo integrados
na Presidência do Conselho de Ministros.
6 - A Presidência do Conselho de Ministros assegura o apoio aos serviços dependentes
do Primeiro-Ministro, nos termos do respectivo diploma orgânico.
7 - O Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico exerce
as suas competências na directa dependência do Primeiro-Ministro.
8 - O Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico é
nomeado pelo Primeiro-Ministro e tem o estatuto e gabinete equivalentes aos
de Subsecretário de Estado, sendo a sua remuneração definida por despacho conjunto
do Primeiro-Ministro e do Ministro de Estado e das Finanças.
9 - É criada na Presidência do Conselho de Ministros a Unidade de Coordenação
da Modernização Administrativa, dirigida por um Coordenador com o estatuto e
gabinete equivalentes aos de Subsecretário de Estado, nomeado por Resolução
do Conselho de Ministros, cuja remuneração é definida por Despacho conjunto
do Ministro de Estado e da Administração Interna e do Ministro de Estado e das
Finanças.
10 - Ficam na dependência do Ministro de Estado e da Administração Interna:
a) A Unidade de Coordenação da Modernização Administrativa;
b) A Agência para a Modernização Administrativa;
c) A Inspecção-Geral da Administração Local;
d) A Direcção-Geral das Autarquias Locais.
11 - A competência relativa
à definição das orientações estratégicas da Unidade de Coordenação da Modernização
Administrativa, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo
Ministro de Estado e da Administração Interna em articulação com o Ministro
de Estado e das Finanças.
12 - Ao Ministro dos Assuntos Parlamentares compete assegurar as relações do
Governo com a Assembleia da República e com os grupos parlamentares.
13 - Fica na dependência do Ministro dos Assuntos Parlamentares o Gabinete para
os Meios de Comunicação Social.
14 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e
ao membro do Governo responsável pela área das Finanças, ficam na dependência
do Ministro dos Assuntos Parlamentares as entidades do sector empresarial do
Estado no domínio da comunicação social.
15 - A Presidência do Conselho de Ministros compreende ainda todos os serviços,
organismos e estruturas que não tenham sido expressamente incorporados noutros
ministérios.
Artigo 11.º
Administração Interna
1 - O Ministério da Administração
Interna é o departamento governamental que tem por missão a formulação, coordenação,
execução e avaliação das políticas de segurança interna, de administração eleitoral,
de protecção e socorro e de segurança rodoviária, bem como assegurar a representação
desconcentrada do Governo no território nacional.
2 - O Ministério da Administração Interna compreende os serviços identificados
no Decreto-Lei n.º 203/2006, de 27 de Outubro.
Artigo 12.º
Negócios Estrangeiros
1 - O Ministério dos Negócios
Estrangeiros é o departamento governamental que tem por missão formular, coordenar
e executar a política externa de Portugal.
2 - O Ministério dos Negócios Estrangeiros compreende os serviços, organismos
e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 204/2006, de 27 de Outubro.
Artigo 13.º
Finanças e Administração Pública
1 - O Ministério das Finanças
e da Administração Pública é o departamento governamental que tem por missão
definir e conduzir a política financeira do Estado e as políticas da Administração
Pública, promovendo a gestão racional dos recursos públicos, o aumento da eficiência
e equidade na sua obtenção e gestão, e a melhoria dos sistemas e processos da
sua organização e gestão. 2 - O Ministério das Finanças e da Administração Púbica
compreende os serviços, organismos e entidades identificados no Decreto-Lei
n.º 205/2006, de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e quando
estiverem em causa empresas participadas, a competência relativa à definição
das orientações da PARPÚBLICA - Participações Públicas (S. G. P. S.), S. A.,
bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo Ministro de Estado
e das Finanças em articulação com o Ministro da Economia e da Inovação e com
o Ministro competente em razão da matéria.
4 - Sem prejuízo dos poderes legalmente conferidos ao Conselho de Ministros
e a outros Ministros, o Ministro de Estado e das Finanças exerce em relação
às demais entidades do sector empresarial do Estado as competências que lhe
são atribuídas por lei. 5 - A competência relativa à definição das orientações
estratégicas do Programa Operacional da Administração Pública, bem como ao acompanhamento
da sua execução, é exercida pelo Ministro de Estado e das Finanças em articulação
com o Ministro de Estado e da Administração Interna.
6 - A competência relativa à elaboração da proposta técnica do Programa de Investimento
e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), bem como ao
acompanhamento e avaliação da sua execução, é exercida pelo Ministro de Estado
e das Finanças em articulação com os demais membros do Governo, em especial
com o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional na área do investimento co-financiado.
Artigo 14.º
Defesa Nacional
1 - O Ministério da Defesa
Nacional é o departamento governamental que tem por missão a preparação e execução
da política de defesa nacional no âmbito das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas, bem como assegurar e fiscalizar
a administração das Forças Armadas e dos demais serviços e organismos nele integrados.
2 - O Ministério da Defesa Nacional compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 47/93, de 26 de Fevereiro.
3 - Incumbe ao Ministro da Defesa Nacional o desenvolvimento de uma política
integrada do Governo para os assuntos do mar, em articulação com os demais ministros
competentes em razão da matéria
4 - A Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental fica na
dependência do Ministro da Defesa Nacional.
5 - O acompanhamento da Agência Europeia de Segurança Marítima compete ao Ministro
da Defesa Nacional, em articulação com o Ministro das Obras Públicas, Transportes
e Comunicações.
6 - A competência relativa à definição das orientações estratégicas do Instituto
Hidrográfico, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo Ministro
da Defesa Nacional em articulação com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior.
Artigo 15.º
Justiç
1 - O Ministério da Justiça
é o departamento governamental que tem por missão a concepção, condução, execução
e avaliação da política de justiça definida pela Assembleia da República e pelo
Governo.
2 - O Ministério da Justiça compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 206/2006, de 27 de Outubro.
Artigo 16.º
Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional
1 - O Ministério do Ambiente,
do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional é o departamento
governamental que tem por missão definir, executar e coordenar as políticas
de ambiente, de ordenamento do território e cidades e de desenvolvimento regional,
bem como coordenar globalmente a política de coesão em Portugal, numa perspectiva
de desenvolvimento sustentável e de coesão territorial.
2 - O Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional compreende os serviços, organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei
n.º 207/2006, de 27 de Outubro.
3 - A competência relativa à preparação, acompanhamento e avaliação da execução
dos investimentos financiados por fundos comunitários, no âmbito da política
de coesão da União Europeia, é exercida pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional em articulação com o Ministro de
Estado e das Finanças, assim como com os demais ministros relevantes em razão
das respectivas estruturas de gestão.
4 - A competência relativa à definição das orientações e ao controlo global
da gestão dos fundos comunitários, no âmbito da política de coesão da União
Europeia, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo Ministro
do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional em articulação
com o Ministro de Estado e das Finanças, assim como com os demais ministros
relevantes em razão das respectivas estruturas de gestão.
5 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, a competência para a definição das orientações
relativas às entidades do sector empresarial do Estado com atribuições nos domínios
da água e dos resíduos, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida
pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
Regional em articulação com o Ministro da Economia e da Inovação.
Artigo 17.º
Economia e Inovação
1 - O Ministério da Economia
e da Inovação é o departamento governamental que tem por missão conceber, executar
e avaliar as políticas dirigidas às actividades económicas, assim como as políticas
horizontais dirigidas à inovação visando a competitividade e internacionalização
das empresas, as políticas dirigidas à defesa dos direitos dos consumidores
e as políticas de regulação dos mercados.
2 - O Ministério da Economia e da Inovação compreende os serviços, organismos
e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 208/2006, de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, a competência relativa à definição das orientações
da AICEP, E. P. E., bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida pelo
Ministro da Economia e da Inovação em articulação com o Ministro de Estado e
dos Negócios Estrangeiros.
4 - A Agência de Inovação - Inovação Empresarial e Transferência de Tecnologia,
S. A., fica na dependência conjunta dos Ministros da Economia e da Inovação
e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Artigo 18.º
Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas
1 - O Ministério da Agricultura,
do Desenvolvimento Rural e das Pescas é o departamento governamental que tem
por missão definir as políticas agrícola, agro-alimentar, silvícola, de desenvolvimento
rural e das pescas, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, da protecção,
qualidade e segurança da produção agro-alimentar, e assegurar o planeamento
e coordenação da aplicação dos fundos nacionais e comunitários a favor da agricultura,
das florestas, do desenvolvimento rural e das pescas.
2 - O Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas compreende
os serviços e organismos identificados no Decreto-Lei n.º 209/2006, de 27 de
Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, fica na dependência do Ministro da Agricultura,
do Desenvolvimento Rural e das Pescas a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e
Infra-Estruturas do Alqueva, S. A., sendo a competência relativa à definição
das orientações, nos domínios do ambiente, dos recursos hídricos, do ordenamento
do território e do desenvolvimento regional, bem como ao acompanhamento da sua
execução, exercida pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e
das Pescas em articulação com o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território
e do Desenvolvimento Regional.
Artigo 19.º
Obras Públicas, Transportes e Comunicações
1 - O Ministério das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações é o departamento governamental que tem
por missão definir, coordenar e executar a política nacional nos domínios da
construção e obras públicas, dos transportes aéreos, marítimos, fluviais e terrestres,
e das comunicações.
2 - O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações compreende os
serviços, organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 210/2006,
de 27 de Outubro.
3 - Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Conselho de Ministros e ao
Ministro de Estado e das Finanças, a competência relativa à definição das orientações
das entidades do sector empresarial do Estado com atribuições no domínio da
administração dos portos, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida
pelo Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações em articulação
com o Ministro da Defesa Nacional e, quanto à gestão territorial, com o Ministro
do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.
Artigo 20.º
Trabalho e Solidariedade Social
1 - O Ministério do Trabalho
e da Solidariedade Social é o departamento governamental que tem por missão
a definição, condução e execução das políticas de emprego, de formação profissional,
de relações laborais e condições de trabalho e de segurança social, bem como
a coordenação das políticas de família, de integração das pessoas com deficiência,
de combate à pobreza e de promoção da inclusão social.
2 - O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social compreende os serviços,
organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 211/2006, de 27 de
Outubro.
Artigo 21.º
Saúde
1 - O Ministério da Saúde
é o departamento governamental que tem por missão definir a política nacional
de saúde, exercer as correspondentes funções normativas e promover a respectiva
execução e avaliar os resultados.
2 - O Ministério da Saúde compreende os serviços e organismos identificados
no Decreto-Lei n.º 212/2006, de 27 de Outubro.
Artigo 22.º
Educação
1 - O Ministério da Educação
é o departamento governamental que tem por missão definir, coordenar, executar
e avaliar a política nacional relativa ao sistema educativo, no âmbito da educação
pré-escolar, dos ensinos básico e secundário e da educação extra-escolar, bem
como articular, no âmbito das políticas nacionais de promoção da qualificação
da população, a política nacional de educação e a política nacional de formação
profissional.
2 - O Ministério da Educação compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 213/2006, de 27 de Outubro.
Artigo 23.º
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
1 - O Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior é o departamento governamental que tem por missão
definir, executar e avaliar a política nacional para a ciência, a tecnologia
e o ensino superior, bem como para a sociedade da informação.
2 - O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior compreende os serviços,
organismos e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 214/2006, de 27 de
Outubro.
3 - A competência relativa à definição das orientações estratégicas da Escola
Náutica Infante D. Henrique, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida
pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em articulação com o
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Artigo 24.º
Cultura
1 - O Ministério da Cultura
é o departamento governamental que tem por missão a definição e execução de
uma política global e coordenada na área da cultura e domínios com ela relacionados,
designadamente, na salvaguarda e valorização do património cultural, no incentivo
à criação artística e à difusão cultural, na qualificação do tecido cultural
e na internacionalização da cultura portuguesa.
2 - O Ministério da Cultura compreende os serviços, organismos e estruturas
identificados no Decreto-Lei n.º 215/2006, de 27 de Outubro.
CAPÍTULO
IV
Disposições finais e transitórias
Artigo 25.º
Empresas públicas
O Governo deve aprovar e manter actualizado, em termos a definir por resolução do Conselho de Ministros, o elenco actualizado das empresas públicas que integram o sector empresarial do Estado, indicando, designadamente, os membros do Governo responsáveis pelo exercício dos respectivos poderes de tutela e superintendência, ou relativos ao exercício da função accionista, bem como as situações de articulação estratégica.
Artigo 26.º
Disposições orçamentais
[Revogado.]
Artigo 27.º
Aprovação pelo Ministro de Estado e das Finanças
Todos os actos do Governo que envolvam aumento de despesas ou diminuição de receitas são obrigatoriamente aprovados pelo Ministro de Estado e das Finanças.
Artigo 28.º
Gabinete do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
O Gabinete do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros é equiparado, para efeitos da legislação sobre gabinetes, a gabinete ministerial.
Artigo 29.º
Audição dos órgãos de governo própria das Regiões Autónomas
O Governo da República procede à audição dos órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas, nos termos do Regimento do Conselho de Ministros.
Artigo 30.º
Entrada em vigor
O presente decreto-lei produz efeitos a partir de 12 de Março de 2005, considerando-se ratificados todos os actos que tenham sido entretanto praticados e cuja regularidade dependa da sua conformidade com a presente lei.